Arnóbio Vieira Souza
RESUMO
Trabalho originado pelas diversas transformações do meio ambiente, causados pela incessante necessidade de utilização de energias, em especial o “Petróleo” para sociedade. O projeto procura relatar as formas com que o homem relaciona-se com a natureza e definição da utilização dos recursos, com uma forma atrativa de criar novos ambientes para a sobrevivência da sociedade, devido à utilização de recursos naturais, como os Hidrocarbonetos. Tecnologias criadas são técnicas que exercem função de transformação de ambientes; preservação ambiental é o ato de manter intacto o ambiente, por isso a necessidade de reparar através da reciprocidade. Quando inserimos um elemento, que causa uma perda ou que deprecie a qualidade de vida do ser estamos nos oferecendo à extinção, mas se inserirmos elementos que propicie uma reabilitação numa determinada área, que ora não se desenvolvia sustentabilidade estamos buscando novas fontes de energia. Desta forma, estaremos condicionando o meio ambiente de nos promover a busca de novas tecnologias energéticas, pois todas as atividades existentes na natureza geram energia de alguma forma. A empresa que conduz exploração de petróleo pensa numa forma de se criar tecnologia e buscar novos materiais no meio ambiente ao mesmo tempo em que necessita de manter uma sustentabilidade ambiental. Então a reciprocidade é inevitável, pois se precisa permitir que os ciclos naturais “climáxico” não se alterem devido à presença antrópica da sociedade e indústrias do Petróleo. Ao retirarmos do subsolo o petróleo e o transformarmos, jogamos na natureza toneladas de gases como o monóxido de carbono (C). Os processos de queima são chamados de “combustão”. O carbono, que é o principal constituinte da madeira e dos combustíveis fósseis, combina-se com o oxigênio do ar, produzindo o CO2, que é o principal gás que causam o chamado “efeito estufa”, ou o “aquecimento global”. Baseado nessa reciprocidade, e através da nova consciência de preservação ambiental, em detrimento às mudanças bruscas no meio ambiente e futuramente climáticas, por necessitar de um grande tempo, a reposição de alguns elementos retirados em função do desenvolvimento pelo petróleo, ver-se-ia a importância de criar condicionamentos para o “equilíbrio climáxico”. A principal medida para uma eficácia na obtenção de resultados mensuráveis, no que diz respeito à retirada dos gases responsáveis pelo efeito estufa, é sem dúvida o reflorestamento de áreas degradadas. Se para cada barril de petróleo destilado, fosse possível plantar um número “X” de árvores, a recíproca com o meio ambiente seria entendido de forma a tornar eficaz a obtenção de um equilíbrio na natureza através dessa reciprocidade.
Palavras-chave: Hidrocarbonetos. Tecnologias. Aquecimento global. Reflorestamento. Reciprocidade.
INTRODUÇÃO
Este trabalho de pesquisa foi originado pelas diversas transformações do meio ambiente, causados pela incessante necessidade de utilização de energias, em especial o “Petróleo” no movimento da sociedade. O projeto procura relatar as formas com que o homem relaciona-se com a natureza e definição da utilização dos recursos, com uma forma atrativa de criar novos ambientes para a sobrevivência da sociedade, devido à utilização de recursos naturais, como os Hidrocarbonetos. Não se cria tecnologia para preservação ambiental, mas é possível de condicionar ambientes degradados numa nova perspectiva de reabilitação desses ambientes, para futura substituição de recurso que não é renovável. As tecnologias criadas são técnicas que exercem função de transformação de ambientes, mas a preservação ambiental é o ato de manter intacto o ambiente, por isso a necessidade de reparar através da reciprocidade para com o meio ambiente. Uma vez que extraímos da natureza algum recurso, que por sua vez, esse mesmo recurso inserido na natureza através da utilização de tecnologias, condiciona o meio ambiente à suas modificações, que poderá nos apresentar as reações negativas e de extinção.
Pensar na questão ambiental ao mesmo tempo em que necessita de criar tecnologias em detrimento a exploração de hidrocarbonetos; é lógico que não podemos parar as atividades da sociedade, é cabível, porém, que repensamos nossa maneira de enxergar a função dos recursos naturais, dando uma contrapartida para que o meio ambiente permita de estarmos sempre buscando esses ou outros recursos, uma vez que entendemos que os hidrocarbonetos são esgotáveis.
Se não condicionarmos a natureza para que possa substituir no futuro esse recurso, o ato de criar tecnologia extingue-se com a forma que tratamos o meio ambiente. É fácil notarmos a contribuição das transformações que inserimos na natureza através da antropização. Espera-se que este trabalho seja uma forma de contribuir para futura permanência do homem na natureza, pois necessitamos dela em sua holisticidade.
A apresentação deste trabalho permite uma reflexão sobre futuras transformações impostas pela natureza, visando à busca de novas fontes de energia para a sociedade, ao mesmo tempo em que necessitamos do desenvolvimento sustentável, que visa a elaboração de um trabalho desta natureza, e a abrangência que ele pode atingir, para que os organismos ou empresas que conduzem uma exploração de recursos dessa amplitude, possam desenvolver também condições ambientais que possibilitem o meio ambiente de condicionar os subsistemas às futuras utilizações de novas fontes de energia.
A busca de novas tecnologias, que permita o desenvolvimento e a continuidade de uma sociedade sustentável com a preservação ambiental, nos demonstra que precisamos retribuir através de uma reciprocidade com o meio ambiente, pois o meio ambiente é um sistema excluso das atividades do homem e da sociedade, entendendo que esta exclusão se diz, por que a natureza não precisa do homem para suas atividades, porém o homem necessita da natureza para suas atividades. Desta forma, qualquer atividade humana na natureza conduz a atividades que não nos demonstra resultados antecipados, podendo ser entendido que a natureza transforma todos os elementos existentes nela. Todos os elementos existentes na natureza processam atividades que gera matéria em energia e vice-versa.
Quando inserimos um elemento, que causa uma perda ou que deprecie a qualidade de vida do ser estamos nos oferecendo à extinção, mas se inserirmos elementos que propicie uma reabilitação numa determinada área, que ora não se desenvolvia sustentabilidade estamos buscando novas fontes de energia. Desta forma, estaremos condicionando o meio ambiente de nos promover a busca de novas tecnologias energéticas, pois todas as atividades existentes na natureza geram energia de alguma forma. Então a determinação de nossas ações estabelece uma nova forma da natureza determinar um novo ambiente, com ou sem o homem.
Este projeto é a vontade de ver a continuidade dos recursos que a natureza dispõe à sociedade e a reciprocidade que a sociedade pode dispor a natureza como medidas compensatórias, do uso desse recurso, possibilitando ainda de dispor de outras fontes de energia.
Este trabalho envolve uma caracterização de pesquisas bibliográficas e fenomenológicas para apontar uma adequação de mecanismos que possa desenvolver novas funções para o meio ambiente que ora precisa em detrimento à utilização dos derivados do petróleo na sociedade através do desenvolvimento; movido pela utilização das energias explicitando sua utilidade, nos diversos fins, ao mesmo tempo em que se busca uma maneira através da recíproca direcionada, de recuperar ambientes degradados para que os ciclos naturais continuem a desenvolver mecanismos de utilização de novos produtos, materiais, energia e equipamentos para a própria sociedade.
NATUREZA: CONCEITOS: RELAÇÕES: HOMEM - NATUREZA = AÇÕES CONTRADITÓRIAS
Quando se pratica uma exploração de recursos, sendo que esses recursos encontram-se inseridos numa forma esgotável e não renovável; o que se pensa em tecnologia ao mesmo tempo em que pensamos na preservação ambiental; pois não há interação com as formas de Preservação Ambiental, pois tais recursos não deveriam ser retirados. O que se pode pensar das transformações físicas da natureza, em detrimento a exploração dos hidrocarbonetos, ou que, seja ela em qualquer atividade, pensa-se também numa forma compensatória da utilização desses recursos. Quando se pensa em Tecnologia e busca novas técnicas de materiais e equipamentos, pois o produto desta tecnologia é uma energia esgotável, pensa-se também numa substituição deste produto, uma vez que ele é esgotável, pois, o produto dessa tecnologia modifica o meio ambiente, devendo existir uma forma de compensar as modificações para possíveis continuidades operacionais e uso energético.
A empresa que conduz exploração de petróleo pensa numa forma de se criar tecnologia e buscar novos materiais no meio ambiente ao mesmo tempo em que necessita de manter uma sustentabilidade de preservação ambiental. Então a reciprocidade é inevitável, pois se precisa permitir, que os ciclos naturais “climáxico”1 não se alterem devido à presença antrópica da sociedade e indústrias do Petróleo.
Diante das diversas modificações impostas no meio ambiente, em detrimento da apropriação dos recursos naturais e sistematização da sociedade, vê-se a necessidade de modificação dos hábitos humanos, numa escala de adaptação do homem com o escasseamento desses recursos, pois a natureza por si só caminha, mas o homem necessita do meio para sua sobrevivência. Então, quando se pensa na necessidade de preservação ambiental e estabelece alguma reparação, em qualquer atividade exercida pelo homem; é sinal que se inicia um processo de consciência ecológica, visto que, a sociedade neste contexto histórico emerge numa escala de manutenção dos próprios recursos que são extraídos da natureza, ou extingue-se de alguma forma.
A busca incessante por novas fontes de energia nos condiz com o próprio movimento da sociedade, pois a forma que estabelece a transformação dos recursos permite que o homem estabeleça sua condição de vida, numa escala de tempo. Contudo, a natureza é também uma incessante fonte de transformação de matéria em energia e vice-versa, mas com um fator negativo para a sociedade, pois a natureza estabelece suas próprias regras de transformação, que para o homem é fruto do pensamento científico, mas são totalmente indomáveis. Já é tempo de nos conscientizarmos dessas transformações e termos a consciência de que estamos estabelecendo novas regras para que a natureza transforme o ambiente em que vivemos. Devemos pensar no momento em que as mudanças bruscas de temperatura e estatísticas climáticas apresentadas pelos diversos organismos demonstrarem que o meio ambiente está modificando pela antropização. As leis criadas para reparação de ambientes degradados ou que obras de impacto ambiental forneça uma reciprocidade ao meio ambiente já é uma forma de percepção de que estamos degradando nosso meio ambiente.
A natureza durante bilhões de anos transformou seus diversos produtos que aos olhos dos seres humanos caracteriza uma forma de apropriação, ou o domínio sobre as “leis da natureza” (CASSETI, 1991, p. 11). A presença humana só contextua de alguns milhares de anos, em algum momento do pleistoceno; pois o homem acelera o processo de transformação da natureza, seja negativa ou positiva. Dentre os diversos produtos oferecidos pela natureza ao homem, temos um que perante a sistemática capitalista desenvolve grande poder econômico, mas que invisivelmente desencadeia outro processo de modificação do meio ambiente, “o Petróleo”. O Petróleo sem dúvida é ainda a maior fonte de energia que tanto acelera o desenvolvimento urbano e derivação econômica quanto libera outros produtos que formam processos de modificação do meio ambiente.
Para Smith; O’keefe citado por Casseti, (1991, p. 10):
A ciência natural é uma relíquia histórica, que aparece nos séculos XVI e XVII, com a necessidade de apropriação da natureza pela indústria, refletindo essa necessidade concretamente por continuar posicionando a natureza como totalmente externa à atividade humana.
Casseti (1991, p.11), coloca na visão positivista, que:
Dentre os conceitos o comportamento humano é regido pelo conjunto de leis que regulam os mais primitivos artrópodes, que na prática a natureza humana demonstra o seu domínio sobre as ‘leis da natureza’, no processo de apropriação. Esta necessidade de apropriação permitiu ao homem abstrair os recursos não preocupando das fontes secarem, nem tão pouco a preocupação que essas fontes gerariam uma transformação do meio ambiente.
Casseti, (1991, p. 12), diz que, “as leis que regulam o desenvolvimento da segunda natureza, não são, ao todo as que os físicos encontram na primeira natureza”. Conforme observam Smith & O’keefe citado por Casseti (1991, p. 12) “Elas não são leis invariáveis e universais, uma vez que as sociedades estão em curso, constantemente se transformando e se desenvolvendo”. “Daí se conclui que a forma de apropriação e transformação da natureza é determinada pelas leis transitórias da sociedade”. (CASSETI, 1991, p. 12).
Contudo, a continuidades destas sociedades e do homem só se manterão havendo uma troca, pois muitos recursos naturais não renováveis, que possibilitarão um acúmulo de massas, alteram os ciclos, e haverá transformação da matéria em energia e a possibilidade de alteração do meio ambiente. Marx citado por Casseti (1991, p. 13), afirma que ao transformar a matéria o homem possibilita sua própria mudança, pois “por assim agir no mundo externo e mudando-o, ele ao mesmo tempo muda sua própria natureza”.
Para Engels citado por Casseti (1991, p. 13) a natureza é:
A pedra de toque da dialética, e devemos assinalar que as modernas ciências naturais nos brindam como prova disso, com um acervo de dados extraordinariamente copiosos e enriquecidos a cada dia. Na natureza tudo acontece de modo dialético e não metafisicamente (não se move na externa monotonia de um ciclo constantemente repetido, mas percorre uma verdadeira história). Aqui há que lembram, em primeiro lugar, Darwim, que ao demonstrar que toda a natureza orgânica existente – plantas e animais, e entre eles, também o homem – é produto de um processo de evolução de milhões de anos, golpeou rudemente a concepção metafísica da natureza.
Casseti (1991, p 13) entende que:
A vida aparece e se desenvolve no meio natural, portanto a história da humanidade é continuação da história natureza. Essa interação dialética justifica o aspecto existencial e leva a pensar o homem como ser natural, devendo-se, contudo, entende-lo, primeiramente com um ser social.
“enquanto existirem homens, a história da natureza e a história dos homens se condicionarão reciprocamente” (MARX & ENGELS citado por CASSETI 1991, p. 13). Baseado nessa reciprocidade, e através da nova consciência de preservação ambiental, em detrimento às mudanças bruscas no meio ambiente e futuramente climáticas, por necessitar de um grande tempo, a reposição de alguns elementos retirados em função do desenvolvimento pelo petróleo, ver-se-ia a importância de criar condicionamentos para o “equilíbrio climáxico”.
Quando se buscam novos materiais e equipamentos tecnológicos e ao mesmo tempo em que necessita de preservar o meio ambiente, existem duas formas de enxergar; pois o produto desta tecnologia é o petróleo e sendo este uma fonte não renovável, já caracteriza uma forma negativa para com o meio ambiente. A primeira forma é o da prioridade da operação, que é a extração em função da necessidade humana ou da sociedade, independentemente de sua localização, seja em terra ou no mar; mas, o que torna relevante e que requer medidas de reciprocidade para com o meio ambiente. O segundo é o ato de preservar, pois ao se falar de “preservação ambiental” e que na etimologia da palavra significa manter intactas regiões, que abrangem áreas representativas de ecossistemas, ameaçados; se for preservar não deveria tocar retirar extrair. Então se entende que devemos na etimologia da palavra “reciprocidade” substanciar o meio ambiente daquilo que retiramos e transformamos não necessariamente retornar ao seu estado anterior, pois é impossível, mas dar condições para que o meio ambiente mantenha seu “equilíbrio climáxico”.
A Relação homem-natureza produz uma “... unidade dialeticamente contraditória, a interação de sociedade e natureza, do homem e seu habitat, premissas e condições da atividade vital do homem”. (CASSETI, 1991, p. 14).
Para Marx citado por Casseti (1991, p. 14), “O trabalho é, num primeiro momento, um processo entre a natureza e o homem, processo em que este realiza, regula e controla por meio da ação, um intercâmbio de materiais com a natureza”.
Ainda, Casseti (1991, p. 15) entende que:
Desse intercâmbio de materiais se logra a unidade do homem com a natureza; esta se transforma e se adapta às necessidades daquele; cria-se uma “segunda natureza”, um habitat artificial do homem, determinado pelas peculiaridades da cultura e da organização social. Por outra parte, a produção material, a atividade do homem influi poderosamente na biosfera e, em geral, no próprio habitat do homem, não só de maneira positiva, como também negativa. A chave da solução científica esta na análise dos fatores sociais, nos fatos específicos da produção determinada por esses fatores.
A consciência do homem que trata a natureza como depósito inesgotável de objetos de trabalho, é caracterizada assim;
Glezerman & Kursanov citado por Casseti (1991, p. 15), preconiza que:
Os homens buscam e encontram nela a matéria e energia necessárias para produzir artigos de uso e consumo e meios de trabalho. Quanto maiores são as riquezas naturais incorporadas à produção dos meios de vida, tanto maior poder tem o homem sobre a natureza.
Considerando-se os impactos ambientais resultantes do processo de ocupação territorial vinculado a uma política de planejamento, verifica-se que o Estado, responsável pela centralização das normas internas, responde pela eficácia da ação federal. “A nova racionalidade é inerente à tecnologia, cuja velocidade é a sua essência, capaz de alterar a produção, as relações sociais e de poder” (BORNHEIM, 1995, p. 165).
Ainda Bornheim (1995, p. 165) observa que, com a tecnologia atual:
As coisas se complicam, e a singeleza do esquema antigo já não funciona. Ou seja, tudo o que compõe a imensa máquina tecnológica, a partir de certo ponto de sua evolução, desprende da dicotomia sujeito-objeto e adquire certa autonomia; é como se a própria tecnologia passasse a comandar o seu destino e a sua necessidade.
O crescente processo de conscientização ambiental iniciado na década de setenta do século passado e tem a Conferencia de Estocolmo (1972), como marco referencial e o Relatório Brutland (1987), como nova racionalidade para uma ação ambiental pragmática. Na medida em que propõe o desenvolvimento sustentável como processo de transformação, o relatório procura promover a conciliação entre as diversas variáveis, tentando harmonizar e reforçar o potencial de desenvolvimento, segundo as necessidades das gerações presentes e futuras, ou seja, utiliza-se como estratégia e convergência dos interesses econômicos e ecológicos. A incorporação da expressão “Desenvolvimento Sustentável” passou a se constituir num modelo, com o intuito de apaziguar os conflitos de final de milênio, e ao mesmo tempo implementar uma nova relação natureza-sociedade, sem, contudo romper com o produtivismo liberal. (CASSETI, 2004).
Devido o petróleo ser um produto não renovável, pois é um produto de evolução, matéria transformada e por se encontrar em depósitos subterrâneos; houve uma inserção de sua derivação na natureza, mas desta vez na atmosfera, uma vez que se encontrava no subsolo “intacto”, o homem trouxe-os “meios mecânicos” e inseriu-os na atmosfera. Então há uma mudança de ambiente caracterizado pela utilização do petróleo.
Criar tecnologias e preservar o meio ambiente, em função da exploração e extração do Petróleo, trás direcionamentos contraditórios do ato de preservar o meio ambiente, ao mesmo tempo em que se extraem esses produtos da primeira natureza, visto que o petróleo por se tratar de uma fonte de energia esgotável e que ao ser transformado, inserido no meio ambiente por sua derivação, caracterizando assim uma forma antrópica.
Percebem-se as ações antrópicas destas explorações, “basta imaginar que os homens, lavrando a terra todos os anos...” (CASSETI, 1991, p. 20).
Ainda, Podossetnik & Spirkine citado por Casseti (1991, p. 20), relata que:
Reviram uma massa três vezes maior que todos os produtos vulcânicos jorrados durante o mesmo tempo das entranhas do solo. Durante os últimos cinco séculos, a humanidade extraiu do subsolo pelo menos cinqüenta bilhões de toneladas de carvão e dois bilhões de toneladas de ferro. Durante o último século, as fábricas adicionaram à atmosfera, cerca de 360 bilhões de toneladas de gás carbônico, o que aumentou o seu teor em cerca de 13%. Calcula-se que a quantidade de gás carbônico atualmente adicionado à atmosfera chegue a aumentar a temperatura média de um grau a um grau e meio.
Quando se extrai produtos naturais, há uma forma negativa para com o ato de preservar. Então, o que se precisa é de uma reciprocidade do ato de explorar e ao reparar a natureza de alguma forma pelo que nos deu, pois estaremos criando tecnologias e sempre buscando e transformando a natureza numa forma sustentável para manutenção da sociedade, pois conforme Duarte citado por Casseti (1991, p. 21) no capitalismo, “quanto mais o trabalhador se apropria da natureza, mais ela deixa de lhe servir como meio para o seu trabalho e meio para si próprio”.
A exploração do petróleo é uma atividade de impacto ambiental, pois assim, pensa-se numa forma tecnológica, mas de reparação ambiental, devido à utilização dos hidrocarbonetos, pois baseado em leis de impacto ambiental, toda exploração que resulta na forma de modificação do meio, haverá uma reciprocidade para com a natureza. É com esse pensamento que a ciência geográfica demonstra para a sociedade a possível alteração que venha a ocorrer na natureza, em conseqüência das apropriações de recursos, sem dispor de uma recíproca ao meio ambiente, pois “a Geografia, com suas grandes possibilidades potenciais de enfocar em conjunto o estudo dos fenômenos naturais e sociais, habilita-se a oferecer as orientações científicas principais dos estudos ecológicos assim definidos”. (CASSETI, 1991, p. 28).
Guerasimov citado por Casseti (1991, p. 29), propõe que:
Controle sobre as mudanças do meio ambiente originada pela atividade do homem (monitoramento antrópico); prognósticos geográficos científicos das conseqüências que implicam a influência de atividade econômica sobre o entorno; preservação, debilitamento e eliminação das calamidades naturais; otimização do meio nos sistemas técnico-naturais que o homem cria.
O PROBLEMA: RELAÇÕES: HOMEM - NATUREZA = RELAÇÕES CATASTRÓFICAS
Os grupos humanos fazem parte do meio ambiente e atuam sobre suas características naturais, a exemplo de qualquer outro ser vivo. Como somos cerca de 6 bilhões e 200 milhões de seres humanos, que mantemos nossa intervenção diária na natureza, pois atingimos dimensões gigantescas; estamos jogando na natureza grandes quantidades de lixo e resíduos de vários tipos.
Ao retirarmos do subsolo o petróleo e o transformarmos, jogamos na natureza toneladas de gases como o monóxido de carbono (C), pela queima em todas as formas na utilização do petróleo e gás natural, sem contar da queima de florestas que desenvolve movimento indireto nas futuras utilizações de equipamentos para a agricultura que funcionam com a mesma energia dos hidrocarbonetos. Os processos de queima são chamados de “combustão”. O carbono, que é o principal constituinte da madeira e dos combustíveis fósseis, combina-se com o oxigênio do ar, produzindo o CO2, que é o principal gás que causam o chamado “efeito estufa”, ou o “aquecimento global”. Na natureza é possível de perceber diversos ciclos ligados a atividade processual dos fenômenos morfoclimáticos, como: ciclo da Água, ou bomba hidrológica e o ciclo do Carbono, entre outros. Mas estes dois possuem uma interação maior que desenvolve como um processo que desencadeia outros fenômenos, que podem ser percebidos em poucos anos ou centenas de anos.
“Embora a terra possa ser considerada um enorme sistema, encontra-se representada por três subsistemas integrados: o atmosférico, o continental ou litosférico e o aquático ou hidrosférico (FIG. 1). Na zona de interação dessas três unidades ocorre a vida (subsistema biosférico)”. CASSETI, (1991, p. 29-30). Ou ainda, conforme Minc citado por Casseti (1991, p. 29-30), a natureza “É um palco iluminado pelo sol, onde coexiste uma série de formas de vida, através de numerosos fenômenos biológicos, químicos e físicos que se integram e se completam alimentando-se reciprocamente”.
FIG. 1 - Geosistema - Interconexão dos Subsistemas Naturais
“Portanto, refere-se a um conjunto de ecossistemas em equilíbrio dinâmico, em que qualquer intervenção num ponto do sistema repercute no conjunto”. (CASSETI, 1991, p.30)
A interação desses elementos nos subsistemas é que determina o equilíbrio dos fenômenos, pois.
Assim sendo, Casseti (1991, p. 30) determina que:
A intervenção dos referidos subsistemas não pode, portanto, ser entendida de forma dissociada, uma vez que implicaria a ruptura das relações processuais com um todo, proporcionando uma abordagem metafísica. Assim, todo conjunto pertence a um sistema, cujas ações e reações estão condicionadas pela matéria (em seus três estados) e pelas fontes energéticas (internas e externas).
Desta forma, os fenômenos relacionados às “disritmias”2 climáticas, cuja interpretação está vinculada às diversas formas de apropriação da natureza, prediz a possíveis reações anômalas dos subsistemas, causando diretamente alterações no subsistema biosfera. O Planeta terra em sua totalidade processou as formas rítmicas dos sistemas durante bilhões de anos. A presença do homem em pouco tempo reafirma uma possível alteração desencadeando outros processos ainda desconhecidos, mas que através de uma breve abordagem é possível entendermos tais alterações. Ao inserir toneladas de carbono na atmosfera, estaremos tornando-a mais densa; como os subsistemas reagem por interações dos “elementos da interconexão”, haverá um aumento significativo da temperatura, variando de acordo com cada região geográfica do planeta e suas condicionantes particulares. Igualmente, haverá uma maior evaporação da água, conseqüentemente uma maior concentração na atmosfera de vapor de água, que intensifica ainda mais o efeito estufa. A grande quantidade de vapor d’água na atmosfera desencadeia maiores precipitações, ocasionando chuvas e tempestades torrenciais. Lembrando que tais elementos condicionarão as anomalias nas forças exógenas3 do planeta. Regiões onde não se registram grandes intensidades dessas forças passarão a registrar-se, devido ao entendimento dos subsistemas; tais fenômenos não estarão excetuando regiões, pois poderão ocorrer tanto nos oceanos, quanto nos continentes, no caso acontecendo nos oceanos estarão acentuados com as forças das correntes marítimas que produzirá ondas gigantes e violentas. No continente, regiões urbanas sofrerão com as chuvas, pois a impermeabilidade do solo e a concentração das chuvas através de canais pluviais elevarão o fluxo de água dos mananciais desenvolvendo um processo de catástrofes sem precedentes. Neste caso a vegetação arbustiva, matas e florestas teriam um papel de grande importância, pois funcionaria como “amortecedor” dessas precipitações violentas. O terreno desnudado ou sem vegetação produz a componente “paralelo” (escoamento)4, que além de produzir efeitos erosivos no relevo, conduz quase em sua totalidade os fluxos por terra até os mananciais.
Casseti (1991, p.56-57), destaca na evolução das vertentes, que:
Jahn (1954) destacou-se no estudo da evolução das vertentes, sobretudo através do “balanço de denudação”. Observa ainda, que as forças morfogenéticas exercidas sobre a vertente se reduzem a dois componentes: o primeiro denominado perpendicular caracteriza-se pela infiltração, responsável pela intemperização que permite o desenvolvimento da pedogenização, proporcionando assim a formação de material para eventual transporte; o segundo denominado paralelo (paralelo à vertente ou superfície) refere-se ao processo denudacional (morfogênese) ou responsável pelo transporte do material pré-eleborado. Assim, o balanço denudacional de Jahn (1954), denominação que Tricart (1957) substituiu por ”balanço morfogenético”, de maior abrangência terminológica (abrasão e acumulação), é estabelecido pela relação entre os componentes perpendicular e paralelo. Enquanto o perpendicular demonstra a ação da infiltração, conforme se considerou favorecida pela cobertura vegetal, o que implicará alteração de natureza bioquímica, bem como a decomposição responsável pela pedogênese (desenvolvimento dos solos), o paralelo caracteriza os efeitos erosionais, o que leva a admitir, por exemplo, a retirada da cobertura vegetal, favorecendo a tendência da ação direta dos elementos do clima.
Como esses mananciais não estavam preparados a receber tais fluxos desenvolve num processo “bola de neve”, causando estragos à sua frente. Aqui claramente vemos a necessidade de reposição da vegetação e reflorestamentos de áreas de interesse urbano e econômico através de uma reciprocidade desenvolvida pela extração dos hidrocarbonetos e continuidade sistêmica da utilização de energias.
Nas FIG. 2 e 3, temos a noção do funcionamento de um ambiente em função do componente paralelo e perpendicular numa vertente. Claramente é possível perceber a importância da vegetação num ambiente que desenvolve processos de disritmias caracterizados pela retirada da vegetação. Estão caracterizados os processos de biostasia e resistasia, ou seja, em equilíbrio e desequilíbrio climáxico. Com a existência da vegetação há o predomínio da componente Perpendicular (Fase Biostásica), pois há o predomínio da infiltração, provenientes das precipitações; nesse caso, “na biostasia, a atividade geomorfogenética é fraca ou nula, existindo um equilíbrio climáxico entre potencial ecológico e exploração biológica”. 5 (CASSETI, 1991, p. 58).
Com a retirada da cobertura vegetal, a vertente fica exposta a precipitação e há o predomínio do componente Paralelo (escoamento), com uma “infiltração incipiente”; nesse caso o ambiente apresenta uma Fase Resistásica, mantendo um desequilíbrio climáxico “Portanto, na resistasia, a geomorfogênese domina a dinâmica da paisagem, com repercussão no potencial geoecológico (desequilíbrio climáxico)”. (CASSETI, 1991, p. 58). Assim, a vertente se apresenta como forma de relevo mais importante, em função da necessidade econômica da sistemática da sociedade e do uso dos recursos naturais.
FIG. 2 – Fase Biostásica – Predomínio do Componente Perpendicular
FIG. 3 - Fase Resistásica - Predomínio do Componente Paralelo
No tratamento do problema, a função das energias provenientes dos hidrocarbonetos, desenvolve atividades direta e indiretamente nas condicionantes econômicas que trás conseqüências reais de impacto ambiental, portanto, a necessidade de desenvolver uma reciprocidade com o meio ambiente através de revegetação de ambientes, afim de que estes ambientes passam a desempenhar sua função, que é o da retirada da atmosfera, dos excessos de carbono inseridos da queima dos derivados do petróleo. O plantio de árvores (reflorestamento) pode significar importante contribuição no esforço de tirar da atmosfera o excesso de carbono, pois as florestas e os solos desempenham papel chave no ciclo global do carbono, servindo como grandes reservatórios.
Tal responsabilidade não é só de um único organismo, mas o papel de cada organismo é caracterizado por ações individuais que se demonstra através de interesses mútuos de utilização, pois cada contexto histórico esta vinculada à exploração de energias, de acordo com a evolução tecnológica e metodologia de uma nação ou sociedade, para uso energético. Hoje as empresas petrolíferas visam à exploração do petróleo, mas amanhã o que essas empresas irão explorar? Já que o petróleo é uma energia esgotável. Por isso a necessidade de uma recíproca com o meio ambiente, através da recomposição de matas e florestas em regiões estrategicamente ligadas as condicionantes econômicas possibilitando uma reabilitação do meio ambiente, permitindo assim, uma futura exploração de outras fontes de energias.
Para um melhor aproveitamento dos recursos naturais, o homem tende a intercambiar materiais numa forma de restabelecer os processos naturais dos ecossistemas através do equilíbrio climáxico, que é a inserção de espécimes fitogeográficos nos ambientes degradados.
DERIVADOS DE PETRÓLEO: ELEMENTOS DE INSERÇÃO = TRANSFORMAÇÃO DA NATUREZA = NOVO SISTEMA OU SISTEMA ANTROPIZADO
O processo de fracionamento do petróleo objetiva o máximo aproveitamento de seu potencial energético. Partindo-se do princípio que os pontos de ebulição dos hidrocarbonetos aumentam conforme os pesos moleculares, a variação das condições de aquecimento do petróleo possibilita a vaporização de compostos leves, intermediários e pesados, que são separados quando condensam. O que resta é uma borra constituída basicamente de hidrocarbonetos de pesos moleculares elevados. Igualmente, como o ponto de ebulição de um líquido é função da pressão que lhe é aplicada, são dois os estalões que permitem a completa destilação do petróleo: temperatura e pressão. Os derivados de petróleo, que constituem condicionantes econômicas e que passa a se condicionar com o Meio Ambiente, são: (www.redenergia.com.br).
Gás de refinaria
GLP e correntes C3 e C4
GLP - Gás Liquefeito de Petróleo - PCS=11.900 kcal/kg (poder calorífico)
Gasolina - PCS=8.200 kcal/m3 (poder calorífico)
Gasóleo
Coque
Querosene Iluminante - PCS=8.633 kcal/m3 (poder calorífico)
QAV-1 - Querosene de aviação - PCS=18.000 kcal/m3 (poder calorífico)
Nafta - PCS=11.050 kcal/kg (poder calorífico)
Propano - PCS=11.950 kcal/kg (poder calorífico)
Butano - PCS=11.000 kcal/kg (poder calorífico)
Gás de nafta - PCS=4.300 kcal/m3 (poder calorífico)
Gás de refinaria - PCS=12.500 kcal/m3 (poder calorífico)
Coque verde de petróleo - PCS=8.500 kcal/kg
Óleo Diesel
DERIVADOS DE PETRÓLEO COMERCIALIZADOS SAZONALMENTE PELA PETROBRÁS:
T O - 202 - PCS=7.965 kcal/kg (poder calorífico)
T A R - Óleo residual de asfalto - PCS=9.000 kcal/kg (poder calorífico)
Resíduo aromático de pirólise - PCS=10.700 kcal/kg (poder calorífico)
Borra Neutra - PCS=8.200 kcal/kg (poder calorífico)
Frações leves de Refino - PCS=10.750 kcal/kg (poder calorífico)
BAN MC-2 - PCS=9.500 kcal/kg (poder calorífico)
Neste projeto de pesquisa é irrelevante tratarmos minuciosamente de cada produto destilado do petróleo, pois se trata de estudos direcionados a composição química dos mesmos sem valor, no que tange o objetivo deste estudo. Contudo, é sabido que todos estes produtos da derivação do petróleo apresentam uma força energética de valor econômico, mas também de valor negativo ambiental, pois estará inserido na natureza de forma a condicionar os ambientes ao processo de transformação e modificação. Nos anexos deste trabalho, serão apresentadas notas de referência sobre cada produto, de como é feita sua destilação e sua composição química e utilidade. A Gasolina e o Óleo Diesel que são derivados possuem uma maior utilização e maior relevância nas condicionantes com o meio ambiente, pois é quem movimenta as frotas de veículos e equipamentos em diversos ambientes no território, sem mencionar os produtos usados pelas indústrias petroquímicas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: RESULTADOS MENSURÁVEIS
A sociedade não pode parar com suas atividades econômicas e de produção, nem tão pouco, as empresas petrolíferas; pois a paralisação, ou uma diminuição brusca na produção de petróleo causaria um impacto muito grande na economia mundial; contudo podemos de imediato provir à natureza de espécimes vegetativo, ao mesmo tempo em que colocamos nossa mente criativa e tecnológica para iniciarmos um processo de substituição da energia provida dos hidrocarbonetos. Desta forma, numa forma sustentável, mas de continuidade sistêmica e de produção há necessidade urgentemente de uma reciprocidade com o meio ambiente, pois o custo de reparação ambiental é muito maior do que fizermos uma relação recíproca e preventiva. Considerando que as leis ambientais neste contexto histórico, punem severamente o causador de impactos ambientais, por isso o custo de reparação é muito maior.
Considerando o fator de queima, o petróleo é a energia que possui o maior poder calorífico dentre as energias disponíveis, excluindo as energias provenientes de produtos nucleares, nesse caso o Urânio. Os hidrocarbonetos possuem um poder de queima natural, pois em contato com o ar desenvolve um processo natural de combustão, por isso sua inserção na natureza, só foi possível com a antropização. Os derivados de petróleo desenvolvem para o meio ambiente, condicionantes que propiciam conseqüências, ainda não demasiadamente catastróficas, mas já apresenta anomalias climáticas devido à inserção na atmosfera, contudo, como a sociedade desenvolve-se através de uma urbanização e que movimenta toda a infraestrutura econômica, e que necessita de fontes energéticas para o desenvolvimento, indiretamente as catástrofes urbanas desenvolvem através de uma necessidade de fluência das condicionantes econômicas, nesse caso, impostas pelo uso do petróleo.
Estudos desenvolvidos por diversos organismos e universidades apresentam informações que são pura relevância numa busca de melhor aproveitar as energias dos hidrocarbonetos, mas que precisam presentear o próprio meio ambiente através de uma reciprocidade. O meio ambiente necessita urgentemente de uma reparação dos ecossistemas, pois o processo da biodiversidade caracteriza uma nova forma de estabelecer regras, independentemente da presença do homem.
Conforme dados do DENATRAN (2003) (Tab. 1), o Brasil dispõe de uma frota de veículos de 36.658.501 unidades desenvolvendo a urbanização das grandes cidades que cresce a cada ano. Imagine as reservas de petróleo existentes e o desenvolvimento urbano nos próximos 25 anos, “é assustador" levando em conta a quantidade de gases que serão inseridos na atmosfera. Precisa-se urgentemente conscientizarmos de que os ciclos naturais só poderão equilibrar-se, se houver uma quantidade de vegetação, matas e florestas que possa desenvolver o chamado seqüestro de carbono que estão inseridos na atmosfera.
E novamente dados do DENATRAN (2013) (Tab.2), para um comparativo em relação ao ano que foi escrito o presente artigo é possível à percepção de uma evolução acentuada de caráter negativo para o meio ambiente.
Regiões |
1999 |
2000* |
2001 |
2002 |
2003 |
Brasil |
32.318.646 |
29.503.503 |
31.913.003 |
34.284.967 |
36.658.501 |
Norte |
919.218 |
819.605 |
934.461 |
1.054.358 |
1.184.259 |
Nordeste |
3.631.465 |
3.342.839 |
3.701.422 |
4.079.993 |
4.448.287 |
Sudeste |
18.546.978 |
16.686.833 |
17.890.927 |
19.013.742 |
20.083.423 |
Sul |
6.682.022 |
6.349.330 |
6.852.260 |
7.366.353 |
7.928.580 |
Centro-Oeste |
2.538.963 |
2.304.896 |
2.533.933 |
2.770.521 |
3.013.952 |
Fontes: Ministério das cidades, Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN.
* A redução da frota se deve a depuração do cadastro estadual e integração ao sistema RENAVAN
TAB. 1 - Frota de Veículos
Regiões |
2008 |
2009 |
2010 |
2011 |
2012 |
Brasil |
54.506.661 |
59.361.642 |
64.817.974 |
70.543.535 |
76.137.191 |
Norte |
2.205.269 |
2.506.253 |
2.849.014 |
3.210.722 |
3.573.678 |
Nordeste |
7.330.933 |
8.294.569 |
9.469.880 |
10.721.675 |
11.939.732 |
Sudeste |
28.619.576 |
30.843.618 |
33.296.148 |
35.843.080 |
38.277.054 |
Sul |
11.561.066 |
12.435.607 |
13.383.052 |
14.387.423 |
15.409.291 |
Centro-Oeste |
4.789.457 |
5.281.595 |
5.819.880 |
6.380.635 |
6.937.436 |
Fontes: Ministério das cidades, Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN.
TAB. 2 – Frota de Veículos
De 2003 para 2013 simplesmente mais que dobrou a frota de veículos no Brasil, conforme dados na Tab. 2 em comparativo com a Tab. 1. O que se tem feito para a redução de uso dos combustíveis fósseis? pelo contrário nunca se usou tanto os combustíveis fósseis como agora. E a coisa vai ficar mais feia ainda, devido à descoberta brasileira do pré-sal.
Mesmo as medidas adotadas por vários organismos do mundo para produção do chamado biocombustível, ainda são algo remoto, pois requer muita tecnologia a se desenvolver para um biocombustível, que não interage com os ecossistemas, visto que toda tecnologia criada tem-se a ser usada em imediato, pois perde o sentido de seu aproveitamento e não podemos saber antecipadamente quais influências causarão ao meio ambiente, contudo podemos intercambiar com a natureza as condições de reabilitação.
É como trata esta consciência, explicitada no site (https://www.comciencia.br):
"Suavizar os efeitos que desenham um futuro do planeta marcado por mudanças climáticas devido às atividades humanas, é o objetivo do que tem se chamado de medidas mitigadoras do clima. A busca é a de restabelecer as concentrações dos Gases do Efeito Estufa (GEE) na atmosfera, mensurados em 1990. Para alcançar essa meta, são focalizados dois aspectos: a redução das emissões e o aumento de captura dos GEE. A obtenção de recursos para a implementação das medidas mitigadoras está, em grande medida, vinculada à aprovação do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Esse mecanismo cria a possibilidade de países desenvolvidos patrocinarem projetos de redução e captura dos GEE em países em desenvolvimento, cumprindo assim parte de seus compromissos. Outro grupo de medidas visa a retirar o excesso de carbono da atmosfera. O seqüestro de carbono também se baseia em um fenômeno já conhecido, a fotossíntese realizada por plantas e algas. Nesse sentido alguns projetos de ‘seqüestro de carbono’ começaram a ser desenvolvidos no Brasil com o financiamento de empresas e ONGs internacionais criando reservas naturais e atuando na recuperação de áreas degradadas. As ONGs da Amazônia e entidades como World Resouces International (WRI) e Union of Concerned Scientists (UCS) têm se manifestado a favor da inclusão das florestas e do reflorestamento no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, acreditando que essa inserção viabilizará o desenvolvimento de importantes projetos no âmbito da conservação da natureza".
A principal medida para uma eficácia na obtenção de resultados mensuráveis, no que diz respeito à retirada dos gases responsáveis pelo efeito estufa, é sem dúvida o reflorestamento de áreas degradadas. Se para cada barril de petróleo destilado, fosse possível plantar um número “X” de árvores, a recíproca com o meio ambiente seria entendido de forma a tornar eficaz a obtenção de um equilíbrio na natureza através dessa reciprocidade. Estrategicamente os grupos humanos com mais importância aos centros urbanos necessitariam do emprego da revegetação de áreas degradadas a desenvolver um equilíbrio urbanístico, que não gere os chamados processos “catástrofes urbanas”, devido à incidência de chuvas torrenciais periódicas, que dura um curto tempo, mas de grande impacto. A concentração de fluxos de água na malha urbana desenvolve uma força hidráulica sem precedentes, levando tudo pela frente; a falta de locais para infiltração de parte das precipitações é que desenvolve processos de catástrofes, seguido dos erros de planejamento urbano.
A sociedade precisa da natureza para a sua sobrevivência, pois sem ela tudo perde o sentido. A importância da reciprocidade é que vai determinar o chamado equilíbrio climáxico necessário para os ecossistemas, pois cada contexto histórico propicia o homem de usufruir os recursos; porém, se há uma condicionante relevante que altere este equilíbrio, a natureza reage a essa inserção. Pois, tudo são uma evolução e transformação independentemente da presença da sociedade e do homem.
Este projeto não poderá ser aplicado numa escala unificada para o propósito, pois é uma forma generalizada de entendermos a necessidade da reciprocidade, pois cada ambiente possui suas diversidades e especificidades; lembrando que o planeta possui variados ambientes e que cada ambiente deverá possuir um projeto específico de reciprocidade, considerando, espécies, relevo, etc.
Os diversos elementos geomorfológicos caracterizam estudos separados para uma inserção ou reparação ambiental, pois cada subsistema possui diagnósticos diferentes, devido conter as diferenças de ambientes, gerando transformações também diferentes. O território nacional com seus 8,5 milhões de Km2 possui diversos ambientes possíveis de reparação ambiental, que requer recíproca direcionada diferentes de cada ambiente, considerando, clima, vegetação, relevo, hidrologia, etc.
A principal medida a ser utilizada para se obter uma eficácia nos resultados no que diz respeito à retirada dos gases responsáveis pelo efeito estufa, é praticando o reflorestamento em áreas degradadas pelo homem.
Estudos desenvolvidos por diversos organismos e universidades apresentam informações que são pura relevância numa busca de melhor aproveitar as energias dos hidrocarbonetos, mas que precisam presentear o próprio meio ambiente através de uma reciprocidade.
Conhecimentos relacionados ao meio ambiente e ao movimento ambiental é coisa recente. Definições de meio ambiente e de desenvolvimento sustentável estão em plena construção. Não existe consenso sobre esses termos nem mesmo no meio científico. O conceito de Meio Ambiente ainda está em construção, como afirma a comunidade científica. Porém, estudiosos da área ambiental consideram que o conceito a ser elaborado, não deve ser algo rígido e definitivo. Acreditam em estabelecê-lo como uma “representação social”, uma visão que evolui no tempo e depende do grupo social em que é utilizada.
Para proteger o ambiente não bastam apenas leis. É necessário também que haja a educação para as pessoas se conscientizarem de que não podem destruir o planeta. O ambiente degradado mostra que a geração passada não teve consciência ecológica. Na defesa do ambiente aprendemos a exercer o direito de cidadania para impor a política correta contra o poder abusivo. O desenvolvimento sustentável é uma atitude que visa atender as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras.
O modelo de desenvolvimento capitalista em que vivemos está sendo questionado. Trata-se de um modelo insustentável porque seus efeitos são devastadores pela violência e alto poder de destruição que provoca no ambiente, além das desigualdades sociais que produz.
É preciso reorientar a maneira de produzir os bens materiais e reinventar novas práticas de relação com a natureza e com os homens em sociedade. Para tanto, o comportamento ético com a natureza física e social precisa ser praticado constantemente, assim como a ética pessoal. Assim fazendo, o homem estará cuidando da conservação do meio ambiente e respeitando todos os seres vivos do Planeta Terra.
O crescimento econômico depende principalmente do potencial de atração dos recursos e investimentos dos impactos que as políticas microeconômicas e setoriais irão ter sobre a economia regional. O processo de desenvolvimento, no entanto, dependerá fundamentalmente da capacidade de organização social associada ao aumento da autonomia regional para tomada de decisões; a capacidade de investimento do excedente econômico gerado pelo processo de crescimento local; ao crescente processo de inclusão social, e a um processo permanente de conservação e preservação do ecossistema regional. Essa capacidade de organização social da região é um fator endógeno por excelência para transformar o crescimento em desenvolvimento, através de uma complexa malha de instituições e de agentes de desenvolvimento, articulados por uma cultura regional e por um projeto político regional. Estas são diferenciações fundamentais que devem ser entendidas pelos formuladores de políticas de desenvolvimento.
Os programas de uso sustentável dos recursos naturais podem ser implementados tanto nas cidades quanto no campo. As comunidades locais podem e devem participar dessas iniciativas, em cooperação com as agências de financiamento e outros.
Para implementar propostas de uso sustentável é preciso organização, mecanismos de decisão, persistência e espírito coletivo dos participantes. Assim, a perspectiva do desenvolvimento sustentável torna-se relevante na medida em que problematiza os paradigmas desenvolvimentistas e o papel dos Estados, das sociedades e do mercado em relação à disponibilidade dos recursos.
As experiências nesse campo demonstram que o cidadão tem direito a um ambiente e espaços de vida saudáveis e equilibrados. Mas têm de assumir responsabilidades individuais e sociais para que isso ocorra.
Lembrando que durante milhões de anos os seres vivos são e serão sempre os principais armazenadores do carbono; assim sendo, não adianta tentar criar tecnologias para armazenar um gás que a própria natureza seqüestra-o da atmosfera naturalmente. Portanto a melhor medida eficácia na obtenção de resultados mensuráveis, sem dúvida é o reflorestamento. E quando este processo é executado, o resultado é ainda mais eficaz, pois a biodiversidade faunística agradece.
BIBLIOGRAFIA
CASSETI, V.. Ambiente e apropriação do relevo: conceito de natureza, o trabalho como mediador das relações homem-natureza, relações de produção e relações homem-natureza, relação homem-natureza no sistema de produção capitalista, o significado do relevo no estudo ambiental, geossistema como ponto de partida, dinâmica processual do relevo: a vertente como categoria, conceito de vertente em geomorfologia. São Paulo: Contexto, 1991.
BORNHEIM, G. Reflexões Sobre o Meio Ambiente: tecnologia e política. Simpósio Ambientalista Brasileiro do Cerrado. Goiânia, 1995. Anais... Goiânia CER, UFG, 1995. p. 161-166.
CASSETI, V. Impactos Ambientais em Goiás. O Espaço Goiano: abordagens geográficas. Goiânia, Associação dos Geógrafos Brasileiros, 2004. p. 145-166.
www.comciencia.br, Mudanças climáticas – Disponível em: https://www.comciencia.br/reportagens/clima/clima05.htm - acessado em 15 mar 2005.
www.redenergia.com.br, Petróleo e seus derivados – Disponível em:
https://www.planck-e.com.br/petroleo.asp - acessado em 15 mar 2005.
www.denatran.gov.br, Frota de veículos – disponível em:
https://cidades.gov.br - acessado em 18 mar 2005; acessado em 31 mar 2013.
Derivados de petróleo e sua utilidade
Gás de refinaria
É composto de H1, C1, C2 e C2=. Antes de sair da unidade, esta mistura gasosa é tratada com DEA (Di-Etanol-Amina), que remove o H2S, que é utilizado como matéria-prima no processamento do enxofre. O FCC é o principal produtor desse gás.
GLP e correntes C3 e C4
A unidade de craqueamento catalítico é a principal fonte de obtenção do GLP. Este gás pode ser decomposto
GLP - Gás Liquefeito de Petróleo - PCS=11.900 kcal/kg (poder calorífico)
No processo de refino de petróleo, o GLP não é condensado em nenhum dos pratos da torre de destilação, sai pelo topo da coluna e é condensado em trocadores de calor externos. É um produto que pode ser separado das frações mais leves do petróleo ou das mais pesadas do gás natural, Como todos os derivados de petróleo, compõe-se basicamente de hidrocarbonetos com três e quatro átomos de carbono. Nas CNTPs, é um produto gasoso e inodoro. Para facilitar sua armazenagem e transporte, é liquidificado. Para segurança dos usuários, é-lhe adicionada odorante a base de enxofre, o que permite a identificação de vazamentos.
Gasolina - PCS=8.200 kcal/m3 (poder calorífico)
Possui alto teor de olefinas, isoparafinas e aromáticos que lhes conferem um alto índice de octana (~80), o que permite uma redução no uso de CTE (Chumbo-Tetra-Etila).
No mundo inteiro, o estalão para caracterização das gasolinas é as suas octanagens. A octanagem mede a resistência da gasolina à detonação que, além da perda de potência, pode causar sérios danos ao motor. As octanagens das gasolinas comercializadas no Brasil estão dentro dos padrões internacionais. A gasolina “Comum” brasileira é equivalente às gasolinas "regular" americana e europeia, da mesma forma que as gasolinas “Premium" brasileiras, norte-americanas e europeias têm o mesmo nível de octanagem. A gasolina Premium possui maior octanagem que a gasolina Comum e deve ser utilizada em veículos cujos motores foram desenvolvidos para uma gasolina de alta octanagem, cujas principais características são: alto desempenho, elevada taxa de compressão, sensor de detonação, etc. Apesar de servir para qualquer tipo de veículo, o desempenho só será superior nos motores que exigirem este tipo de combustível.
Gasóleo
São oriundos das moléculas não convertidas da carga original da unidade. Possuem razoável teor de cadeias aromáticas de alto peso molecular, devido à dificuldade do catalisador em romper os anéis benzênicos. São separados em três frações, conforme suas faixas de destilação. A fração mais leve é conhecida como Óleo Leve de Reciclo ou "Light Cycle Uel" (LCO). Sua faixa de destilação é compatível com o do óleo diesel e a ele é adicionado, desde que seu teor de enxofre o permita. Quando isso não ocorre, o LCO é utilizado para acerto das viscosidades de óleos combustíveis. A fração intermediária é conhecida como Óleo Pesado de Reciclo ou "Heavy Cycle uel" (HCO). Sua faixa de destilação enquadra-se com um óleo combustível de baixa viscosidade, entretanto, não é a ele adicionado, sendo toda sua vazão reciclada ao conversor, objetivando uma nova oportunidade das moléculas craquearem.
A fração mais pesada, residual, é conhecida como Óleo Clarificado, Óleo Decantado ou "Clarified uel" (ClO). Devido à sua alta concentração de núcleos aromáticos policondensados, o ClO pode ser utilizado como matéria-prima para obtenção de negro de fumo (carga para borracha) ou coque de petróleo (produção de eletrodos de grafite). Quando não, o ClO é adicionado aos óleos combustíveis.
São cadeias polímeras de altos pesos moleculares e elevadas concentrações de carbono que se depositam na superfície do catalisador, diminuindo sua eficiência. Para que a atividade do mesmo seja restabelecida, o coque é queimado no regenerador, originado todo o calor necessário ao processo. Dentro do processo de refino de petróleo, obtêm-se também lubrificantes básicos, parafinas e a geração de hidrogênio.
Querosene Iluminante - PCS=8.633 kcal/m3 (poder calorífico)
No processo de refinação do petróleo, o querosene iluminante é obtido através da destilação atmosférica. Como o óleo diesel e a nafta pesada, é um hidrocarboneto intermediário.
QAV-1 - Querosene de aviação - PCS=18.000 kcal/m3 (poder calorífico)
No processo de refino do petróleo, o QAV-1 é obtido na faixa da coluna de destilação que opera entre 150ºC e 300ºC. Por ter elevado poder calorífico, resistência física e química a variações de temperatura e pressão e ter boas características lubrificantes, é adequado à geração de energia, por combustão, em motores turbinados de aeronaves. É fundamental que ele permaneça líquido e homogêneo até a zona de combustão das aeronaves. O QAV-1 é produzido por fracionamento do petróleo através de destilação à pressão atmosférica. Passa também por tratamentos e acabamentos, a fim de eliminar os problemas advindos de compostos sulfurados, nitrogenados e oxigenados.
Nafta - PCS=11.050 kcal/kg (poder calorífico)
No processo de refino o petróleo, a nafta pesada é obtida lateralmente na torre de fracionamento atmosférico. A nafta leve, bem como o GLP, sai pelo topo da coluna e são condensadas em trocadores de calor externos. Usada na indústria petroquímica como matéria-prima, a nafta tem diversas aplicações.
Propano - PCS=11.950 kcal/kg (poder calorífico)
No processo de refino do petróleo, o propano pode ser obtido na unidade de alquilação catalítica e através do hidrocraqueamento da nafta (30% da carga), do gasóleo leve FCC (3,4% da carga) e do gasóleo de vácuo (4,5% da carga). Na presença de hidrogênio há redução dos depósitos de coque sobre o catalisador, os compostos polinucleados hidrogenados são facilmente decompostos e os olefinas e diolefinas hidrogenadas formadas, aumentam a estabilidade química dos produtos finais. É do hidrocraqueamento, que se obtém o propano especial, que é uma mistura de hidrocarbonetos contendo no mínimo 90% de propano e no máximo 5% de propeno por volume.
Butano - PCS=11.000 kcal/kg (poder calorífico)
No processo de refino do petróleo, o butano pode ser obtido na unidade de alquilação catalítica e através do hidrocraqueamento da nafta (15,3% da carga), do gasóleo leve FCC (4,5% da carga) e do gasóleo de vácuo (3,9% da carga). Na presença de hidrogênio há redução dos depósitos de coque sobre o catalisador, os compostos polinucleados hidrogenados são facilmente decompostos e os olefinas e diolefinas hidrogenadas formadas, aumentam a estabilidade química dos produtos finais. O isobutano é obtido do hidrocraqueamento da nafta (46,1% da carga), do gasóleo leve FCC (9,1% da carga), do gasóleo de vácuo (8,4% da carga) e do resíduo de vácuo (4,5% da carga).
Gás de nafta - PCS=4.300 kcal/m3 (poder calorífico)
No processo de refino do petróleo, a nafta petroquímica é obtida tanto na destilação atmosférica como no craqueamento catalítico. O gás de nafta é produzido através de termocraqueamento. O gás de nafta, também conhecido como gás de rua, tem peso molecular=16; poder calorífico superior=4300 kcal/kg; densidade relativa=0,55; compõe-se basicamente de hidrogênio, metano, nitrogênio, monóxido de carbono, dióxido de carbono e é utilizado, principalmente, para abastecimento residencial e comercial.
Gás de refinaria - PCS=12.500 kcal/m3 (poder calorífico)
No processo de refino de petróleo, o gás de refinaria pode ser obtido no craqueamento catalítico, nas destilações atmosféricas e vácuas, através de reformação e no coqueamento retardado; tem peso molecular=24; poder calorífico superior=10.000kcal/kg; densidade relativa=0,82; compõe-se basicamente de hidrogênio, metano, etano, nitrogênio e é utilizado como combustível industrial.
Coque verde de petróleo - PCS=8.500 kcal/kg
O coque é produto do craqueamento catalítico do petróleo, formado por cadeias polímeras de altos pesos moleculares e teores de carbono. No Brasil não existem especificações oficiais para o coque. As propriedades que caracterizam o coque dependem do tipo de aplicação a que se destina. Como qualquer outro combustível é importante os poderes caloríficos, o teor de enxofre, o teor de cinzas, teor de voláteis e umidade. Quando utilizado para geração de vapor em termelétricas, o teor de metais também é importante. Existem dois tipos de coque cuja obtenção depende da matéria-prima: coque esponja ou coque agulha.
O Coque Esponja responde por cerca de 96% da produção mundial. O Coque Anodo ou Coque Regular grau anodo é a denominação dada ao coque esponja calcinado de melhor qualidade. No Brasil, a Petrobrás hoje produz o tipo esponja, classificado como "anode grade". Isto se deve à excelente qualidade de nossas matérias-primas, destacando-se os baixos teores de enxofre (menores que 1%).
Óleo Diesel
No processo de refinação do petróleo, o óleo diesel é obtido através de destilação atmosférica. É um hidrocarboneto de série parafínica, intermediário, de fórmula geral C12H16. Utilizado em motores de combustão interna.
Derivados de Petróleo comercializados sazonalmente pela Petrobrás
T.O. -202 - PCS=7.965 kcal/kg (poder calorífico)
T.A.R. - Óleo residual de asfalto - PCS=9.000 kcal/kg (poder calorífico)
Resíduo aromático de pirólise - PCS=10.700 kcal/kg (poder calorífico)
Borra Neutra - PCS=8.200 kcal/kg (poder calorífico)
Frações leves de Rerrefino - PCS=10.750 kcal/kg (poder calorífico)
BAN MC-2 - PCS=9.500 kcal/kg (poder calorífico)
1 Em Ambiente e Apropriação do Relevo, de Valter Casseti, 1991 – Bertrand (1968) incorpora os diferentes subsistemas – Litosfera, atmosfera e hidrosfera, no conceito de “potencial ecológico” (relevo, clima e hidrologia), enquanto a biosfera vincula-se à “exploração biológica” (vegetação, solo e fauna). O equilíbrio existente entre o potencial ecológico e a exploração biológica caracteriza o “equilíbrio climáxico”, que é rompido pela intervenção do homem na “exploração biológica”.
2 CASSETI, V. Em Ambiente e Apropriação do Relevo - Alterações nos fenômenos rítmicos (diurnos, sazonais e anuais...) caracterizam as diferenças nas relações internas da Paisagem. Por exemplo, cada paisagem apresenta um ritmo anual e sofre mudanças de acordo com as estações. O Homem se faz presente nesse sistema geral de relações, exercendo grande pressão sobre o meio geográfico e influenciando o movimento circular das substâncias da terra.
3 Efeitos Morfoclimáticos, como: Chuvas, ventos, tempestades, nevascas, tornados, furacões, etc...
4 A Geomorfologia da vertente destaca os efeitos, no processo de intemperismo, movimentação de massa e água de escoamento que são ajustados a geometria dos sistemas fluviais. Estudos desenvolvidos por Jahn (1954), Tricart (1957), e ainda Erhart (1956), e outros.
5 Erhart (1958), na teoria bio-resistásica – Equilíbrio climáxico entre potencial ecológico e exploração biológica.